Concha y Toro

Concha y Toro 24/09/2014

As videiras se vestem de verde no vinhedo Peumo

Já estamos no final de setembro no vinhedo Peumo –Vale do Cachapoal– e já é possível observar brotos de até 10 centímetros nas videiras de Carmenere.

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Já estamos no final de setembro no vinhedo Peumo –Vale do Cachapoal– e já é possível observar brotos de até 10 centímetros nas videiras de Carmenere. Nesta oportunidade nos reuniremos com uma das pessoas que mais conhece esta fazenda, e que nos contou in situ como foi a chegada da primavera neste lugar.

Para Domingo Marchi, subgerente agrícola da Zona Rapel, o vinhedo Peumo não é somente um lugar especial. É também parte de sua vida. Ele se tornou o encarregado da administração desta fazenda há 33 anos e, desde então, tem um papel fundamental em seu desenvolvimento, participando no processo de plantação das primeiras videiras de Carmenere.

brotes
O vinhedo Peumo com brotos de 5 a 10 centímetros.

Da fazenda Peumo obtém-se as uvas para produzir vinhos de nível premium e superiores, tais como o Casillero del Diablo, Trio, Gran Reserva Serie Riberas, Marques de Casa Concha, Terrunyo e Carmín de Peumo. Dos 650 hectares de vinhedo que a compõe, quase a metade corresponde à Carmenere, sendo esta a cepa (tipo de uva) emblema deste lugar, fazendo com que seus vinhos obtenham as mais altas pontuações por parte da crítica especializada internacional.

Ao longo dos anos, Domingo não deixou de admirar o ciclo de vida destas plantas, e hoje nos conta o que está acontecendo no vinhedo e, especificamente, na sede 32: “Os brotos apresentam entre 5 e 10 centímetros e já se pode ver os pequenos cachos ainda verdes. Daqui há uma semana começaremos a fazer a gestão da canópia, que consiste em remover os brotos do tronco e braços da videira, deixando somente os brotos frutais da planta. Deste modo as videiras concentram suas energias em uma menor quantidade de brotos e, assim, são capazes de dar frutos mais concentrados em cor, aroma e sabor”.

Carmenere
Quando nascem, as folhas de Carmeneres apresentam uma cor “bronzeada”, ou alaranjada nas bordas, difereciando-se assim de outras variedades.

Assim como o Carmenere se distingue de outras cepas pela cor vermelho-vivo que suas folhas adquirem no outono, Domingo nos explica que esta variedade, desde muito cedo apresenta certas diferenças em comparação ao restante: “quando as folhas de Carmenere nascem, possuem uma cor meio ‘bronzeada’, ou seja, têm uma cor alaranjada tipo cobre nas bordas, ao contrário das folhas de outras cepas, que têm beiradas mais esbranquiçadas no início”.

Quanto à gestão fitossanitária destas plantas, o subgerente agrícola nos conta que os trabalhos se concentram em “controlar a presença de oidio e botrytis, assim como alguns insetos tipo aranhas e a conhecida ‘cochonilha’, aplicando fungicidas e inseticidas biodegradáveis ao meio-ambiente, desde o início da germinação até o fim do ciclo. E se o outono for chuvoso, antes da colheita deve-se tratar a botrytis”.

 

A sede 32 está composta por nove hectares de Carmenere de nível ultra premium, sendo suas uvas destinadas exclusivamente à produção do Carmenere ícone da empresa, o Carmín de Peumo, vinho recentemente reconhecido como “O Melhor Carmenere do Mundo”, em sua safra de 2011, pelo aclamado crítico norte-americano Robert Parker.

Terminado o processo de germinação e desenvolvimento dos brotos, entre 10 e 20 de novembro é a vez do florescimento, etapa que dura somente entre 5 e 7 dias, e que marca o início do desenvolvimento dos grãos. Para vê-la em sua plenitude, temos a previsão de voltar nesta época e conversar novamente com o Domingo. Ele gosta de recorrer estas videiras e, esperamos que vocês se surpreendam conosco ao seguir este ciclo.