O Chardonnay é o vinho branco mais popular do mundo e, graças ao prestígio que possui, já tem seu próprio dia no calendário.
Todos os anos, na última quinta-feira de maio é comemorado o Dia Internacional da Chardonnay, uma casta originária da região da Borgonha, na França, que devido à sua versatilidade hoje é utilizada na elaboração de vinhos em qualquer região vinícola. Sua planta robusta, com bagas de cor verde, é capaz de se adaptar a qualquer clima, enquanto sua neutralidade a torna muito atrativa para os enólogos.
Os sabores do vinho Chardonnay variam entre frutas cítricas como limão, maçã verde, e frutas tropicais como manga e abacaxi. Tudo depende do clima em que as videiras são cultivadas e da data de colheita, é claro. Quanto mais frio for o clima e mais cedo as uvas forem colhidas, mais fresco será o Chardonnay, com aromas cítricos, como é o caso do Amelia Chardonnay. Por outro lado, em climas mais quentes ou com colheitas tardias, a fruta será mais madura e o vinho desenvolverá sabores de frutas com mais dulçor e menos acidez. Mas além destas características, geralmente encontramos dois estilos de vinho muito demarcados: um cítrico e outro cremoso.
Estes perfis de Chardonnay se devem basicamente ao processo principal em que a mão do homem intervém, isto é, a vinificação. A decisão de usar ou não madeira, seja na fermentação ou no estágio do vinho, é a razão pela qual esta variedade tem dois estilos muito diferentes entre si.
Chardonnay sem madeira
Quando não tem madeira, significa que o Chardonnay é fermentado e posteriormente estagia em tanques de aço inoxidável (ou outro recipiente diferente da barrica), para evitar sua exposição ao oxigênio. Com este método, a variedade revela naturalmente a expressão que ela traz do vinhedo, pois a madeira não intervém. O objetivo é realçar a acidez. São vinhos muito frutados e cítricos, inclusive crocantes. Geralmente se destacam aromas de limão, maçã, pêssego, abacaxi, manga e, às vezes, também notas de flores. Tem corpo leve e cor vibrante. Para apreciar este frescor que caracteriza os Chardonnay sem madeira, recomenda-se beber os vinhos quando ainda são jovens, ao invés de guardá-los. Além disso, servi-los bem frios (a 10 °C), para acompanhar pratos como carnes brancas, frutos do mar, massas e receitas à base de tomate, como pizzas e lasanha de berinjela.
Chardonnay com madeira
Quando dizemos que um Chardonnay tem madeira, significa que são utilizados barris de madeira na fermentação, no estágio do vinho ou em ambas as etapas. A madeira permite oxigenar mais o vinho, o que lhe confere por exemplo aromas de maçã assada ou frutos secos, uma sensação redonda e cremosa na boca, além de proporcionar aromas de coco, baunilha e outras especiarias. Frequentemente, este tipo de Chardonnay também passa pela conversão malolática (processo em que uma bactéria transforma o ácido málico em ácido lático, reduzindo a sensação ácida do vinho), o que realça sua cremosidade e confere aromas e sabores de manteiga, avelã, mel e caramelo. Este estilo harmoniza muito bem com pratos à base de carnes brancas como frango, porco e peixes, preparados com ingredientes como manteiga, creme e ervas, com um tempero suave. Também complementa muito bem os sabores torrados de massas preparadas no forno e legumes caramelizados.
Brindemos juntos a esta quinta-feira, 30 de maio, com sua versão favorita de Chardonnay Concha y Toro.
