Concha y Toro

Francisca Jara 08/09/2021

Vinho e harmonização

Uma doce comemoração do Dia do Vinho Chileno

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Neste 4 de setembro se comemorou o Dia do Vinho Chileno e, por isso, não podemos deixar de abrir um vinho chileno em casa. É a ocasião perfeita para brindar pela importância histórica, tradição campesina e cultura desta bebida no Chile, que desde 2015 se comemora com esta data em particular. Mas por que no dia 4 de setembro? Nesse mesmo dia, em 1545, Pedro de Valdivia escreveu uma carta para o Rei Carlos V solicitando “videiras e vinhos para evangelizar o Chile”. Este se transformou no documento que cita, pela primeira na história do país, a palavra “vinho”.

Para brindar de uma forma diferente, esta vez nossa proposta é de uma comemoração doce. Isso porque a gastronomia chilena conta com sobremesas típicas que não existem em nenhum outro lugar do mundo e, por essa mesma razão, nada melhor do que uma harmonização com uma bebida nacional. Convidamos você a beber uma taça de vinho chileno e a se deleitar com esta doce seleção.

 

Mote con huesillo

Ph: Mundos jumbo

Também considerada uma bebida, esta mistura inusitada é uma sobremesa muito popular nas famílias chilenas. Consiste em pêssegos secos (huesillos) reidratados servidos bem gelados em um copo junto com grãos de trigo cozido (mote) e o suco dos pêssegos, ao qual se adiciona açúcar e canela. Pela doçura extrema desta sobremesa, a ideia é acompanhá-la com um vinho que contraste o sabor doce elevando a acidez no paladar e que harmonize as notas de pêssego e de canela. O Late Harvest Rosé que apresenta 89,5% de Sauvignon Blanc, 10% de Riesling e 0,5% de Syrah, “é muito atípico em virtude de sua acidez bastante elevada, com notas de romã, frutas silvestres e mel”, explica Jazmín Adriazola, sommelier da Concha y Toro. Essas características o transformam no acompanhamento ideal para harmonizar com esta exótica sobremesa chilena.

 

Sopaipillas pasadas

Ph: Press Latam

Provavelmente esta é a sobremesa quente mais clássica da culinária chilena, embora também seja servida no lanche da tarde. Em qualquer caso, é sem dúvida uma receita doce de inverno. Consiste em uma massa frita de forma circular feita com abóbora e farinha. É servida banhada em uma calda quente de rapadura. Esta calda costuma ser aromatizada com especiarias como cravo, canela e casca de laranja. Apresenta uma consistência espessa, deixando o prato bastante substancioso e para ser comido com colher. Para acompanhá-lo, uma opção é um espumante frio para obter esse divertido jogo de temperaturas no paladar, limpando-o com sua firme e rica acidez para o seguinte bocado. Casillero del Diablo Devil’s Colection Brut, com sua mineralidade e notas cítricas, entrega um excelente equilíbrio para esta combinação.

 

Pudim de leite assado

Ph: Kitchen Center

Esta tradicional receita, geralmente transmitida e herdada de nossas avós, é outra sobremesa imperdível da culinária chilena, embora outras versões também sejam encontradas na América Latina. Semelhante a um flan, porém com mais textura por não ser cozido em banho-maria, é uma mistura de leite, açúcar, baunilha e ovos que é assada no forno e depois servida com caramelo. De sabor suave, delicado e muito cremoso, nesta receita o destaque são os sabores de baunilha e caramelo. Assim, uma vez mais um vinho espumante como o Casillero del Diablo Devil’s Collection Brut, seria o acompanhamento perfeito.

 

Bolo de merengue e lucuma

Ph: Lo Saldes

A lucuma é uma fruta silvestre andina originária dos vales da Bolívia, Equador, Peru e Chile. Muito popular na gastronomia chilena, é também o principal ingrediente desta emblemática receita de nossa confeitaria. Consiste em várias camadas espessas de merengue e creme de lucuma (é feito um purê com a fruta e se mistura com creme de leite e açúcar). Muitas vezes servido frio, seu sabor é suave e com muita textura (a fruta em si é adstringente no paladar), por isso precisa de um vinho mais complexo como o Concha y Toro Late Harvest. Produzido com 85% de Sauvignon Blanc, 10% de Riesling e 5% de Gewürztraminer, apresenta um nariz complexo com notas de papaia que se fundem com mel e uma doçura capaz de equilibrar a potência desta fruta única. Não deixe de experimentar.

 

Torrone de vinho

Ph: Pilar Woloszyn para Confieso que cocino

Esta sobremesa típica chilena da região conhecida como Norte Chico, especialmente entre os camponeses que vivem nas áreas vinícolas, remonta à época colonial. É um simples merengue de cor roxa, pois é feito com um xarope à base de vinho tinto. Normalmente servido em uma taça com pedaços de nozes ou pralina, tem textura aerada e seu sabor é doce com notas de frutas vermelhas e negras. Portanto, servi-lo com um vinho tinto do mesmo Norte Chico, como o Amelia Pinot Noir, é uma harmonização regional imperdível. Suas notas de cereja vermelha e toques de folha de chá preto do vinho complementam o sabor avinhado desta particular sobremesa do norte do Chile.

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