Concha y Toro

Francisca Jara 07/06/2022

Tudo sobre vinho

Mitos e verdades sobre o Rosé

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Em virtude da comemoração do Dia Internacional do Vinho Rosé no dia 11 de junho, queremos esclarecer algumas dúvidas que surgem quando falamos desse estilo de vinho. Um que, por sinal, é muito mais do que apenas um refrescante vinho de verão. Muito fácil de se beber, mas de produção bastante complexa, o rosé vem ganhando mais importância nos últimos 20 anos. 

 

É uma mistura de vinho tinto e vinho branco

(FALSO) Esse é provavelmente o mito mais popular sobre o vinho rosé e está apenas relacionado com a desinformação existente quanto a seu processo de vinificação. Por causa de sua cor rosa translúcida, muitas pessoas acreditam que é uma mistura de vinhos claros e escuros. Porém, sua cor é o resultado do contato do suco —obtido pela prensagem de uvas tintas— com as cascas (onde está o pigmento) por um período de tempo muito curto que não costuma ultrapassar 24 ou 48 horas. Embora exista a exceção do champanhe rosé, cuja legislação permite a mistura de vinho branco espumante com vinho tinto. 

 

Apresenta aromas de flores, melão e aipo

(VERDADEIRO) Os aromas e sabores do vinho rosé estão relacionados com as variedades de uva com as quais é elaborado. As mais comuns são Cinsault, Syrah, Grenache, Mouvèdre, Carignan, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir e Zinfandel. Assim, entre seus aromas primários é possível encontrar notas de frutas vermelhas como o morango e a cereja, de frutas cítricas como o limão, flores e melão, além de certos toques refrescantes que lembram o aipo ou o ruibarbo.

 

Não pode ser maturado em barris

(FALSO) Não há como negar que a primeira coisa que chama a atenção no vinho rosé é a sua cor. Assim, sempre se espera que refresque o paladar com sua acidez e estilo crocante, o que é conseguido através da fermentação do vinho em tanques de aço. No entanto, isto não significa que não existam rosés maturados em barril. Em 2006, o Château d’Esclans produziu pela primeira vez o Garrus, um rosé com fermentação e maturação em barril que abriu uma gama de possibilidades para esses vinhos. Acima de tudo, devido à profundidade que os aromas e sabores adquirem, é um estilo mais gastronômico. Atualmente, a maior parte da oferta é de vinhos rosé jovens para serem bebidos no máximo em um ou dois anos. 

 

É produzido com uvas de má qualidade

(FALSO) Na verdade, o que se necessita é exatamente o contrário: uvas de excelente qualidade, em perfeito grau de maturação e em condições sanitárias ideais. Em primeiro lugar, porque a maioria deles procura realçar a expressão dos aromas primários de suas uvas saudáveis. E, em segundo lugar, porque os vinhos rosados são mais delicados e complexos de serem produzidos, precisando assim de muita precisão e experiência do enólogo.

 

Quanto mais pálida for a cor, melhor será o vinho

(FALSO) A cor salmão pálida característica dos vinhos da Provence, assim como do Marques de Casa Concha Cinsault Rosé 2020 ou do Rosé Concha y Toro 2019, é o resultado do pouco ou nulo contato do suco das uvas com suas cascas. E, embora os vinhos da Provence sejam admirados mundialmente, isto não quer dizer que vinhos com tons mais escuros sejam de qualidade inferior. A qualidade é determinada pelo tipo de uva, pelo vinhedo, pelo tempo da colheita e pelas técnicas utilizadas pelo enólogo. 

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