Concha y Toro

Francisca Jara 01/09/2022

Tudo sobre vinho

Os descritores do vinho e seu verdadeiro significado

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O que significa descrever um vinho como floral, herbáceo, verde ou mineral? Esses são apenas alguns dos inúmeros termos existentes e que são utilizados para expressar os aromas e sabores do vinho e as sensações que ele provoca na boca. Não importa se você é especialista ou iniciante. Sem sombra de dúvida, saber essa linguagem ajudará você a compreender melhor o vinho. Anote aí!

Crocante

Os vinhos crocantes são aqueles que possuem agradável e excelente acidez. Essa característica os transforma em vinhos refrescantes, vibrantes e que estimulam bastante a salivação. Ocorre, geralmente, com vinhos espumantes ou com variedades brancas, como a Sauvignon Blanc. Já provou o Terrunyo Sauvignon Blanc? É salino, mineral e de acidez crocante.  

Condimentado

Quando dizemos que um vinho é condimentado significa que seu aroma e sabor nos recordam especiarias como a pimenta, o cravo-da-índia, a canela, o anis ou a noz-moscada. Embora esses aromas possam ser obtidos da madeira, existem certas variedades que apresentam naturalmente um caráter condimentado como a Syrah, a Petit Syrah, a Grenache, a Zinfandel, a Malbec e a Carménère. Para confirmar, não deixe de provar o Carménère Carmín de Peumo,  proveniente do melhor terroir para essa variedade no Chile. 

Floral

Notas florais, no entanto, são descritores especificamente utilizados para os aromas. Existem variedades brancas e tintas que as possuem e estão geralmente associadas a flores tais como a violeta, a peônia, a acácia, o jasmim, a rosa e a madressilva. 

Flores brancas e amarelas, por sua vez, costumam aparecer em variedades brancas como a Moscatel, a Gewürztraminer ou, especificamente, no Amelia Chardonnay. Nas variedades tintas, por outro lado, é mais provável encontrar aromas de flores vermelhas. Isto é o que ocorre no Gravas Syrah ou no Terrunyo Malbec. Não podemos deixar de mencionar que esses aromas costumam anunciar certa complexidade no vinho.

descriptores del vino
Ph: Elle Hughes – Unsplash

Herbáceo

É preciso diferenciar os termos “herbáceo” e “verde”. O primeiro é uma qualidade positiva, já o segundo costuma determinar um defeito (logo explicaremos o porquê). 

Dizemos que um vinho é herbáceo quando entrega aromas e sabores similares a ervas como a menta, vegetais como o aspargo, a grama recém-cortada ou a folhas de tomate. Esses aromas são gerados por um componente nas uvas brancas e tintas chamado pirazina.

É fácil distinguir essas notas nas castas brancas, como no Terrunyo Sauvignon Blanc, ou em tintos, como no Terrunyo Cabernet Sauvignon. O caráter herbáceo é agradável na medida certa; do contrário, pode ser caracterizado como defeituoso.

Verde

Quando o aroma herbáceo é muito invasivo, geralmente associado ao aroma de pimentão verde ou vermelho, o vinho pode ser considerado imaturo. Isso quer dizer que suas uvas foram colhidas antes de atingir a maturação ótima, sendo obtido um nível muito alto de pirazinas. Isso faz com que a sensação do vinho no paladar seja de bastante acidez e com pouca fruta. Esses vinhos costumam ser definidos como “verdes”. Algumas variedades, no entanto, apresentam naturalmente este caráter herbáceo mais potente, como é o caso da Carménère. No final das contas, é tudo uma questão de gostos.

Mineral

Quando se fala que um vinho é mineral, não quer dizer que contenha muitos minerais. Trata-se de um adjetivo utilizado para descrever um conjunto de características que incluem o sabor, o aroma e a textura. 

A mineralidade do vinho pode ser identificada quando encontramos aromas de pedra molhada, grafite, gesso, fósforo ou giz, além de sabores salinos. São extremamente sutis, mas costumam fazer a diferença em um vinho. É comum encontrarmos essa característica em vinhos de alta acidez provenientes de terroirs em solos vulcânicos ou de ardósia, como no Marques de Casa Concha Chardonnay, Gran Reserva Sauvignon Blanc ou no Amelia Pinot Noir.

Terroso

Algumas vezes o aroma de um vinho nos faz lembrar uma floresta, a terra molhada ou cogumelos. É justamente disso que estamos falando quando chamamos um vinho de “terroso”. Essa característica positiva pode aparecer em variedades tintas como a Pinot Noir ou a Cabernet Sauvignon.

Entretanto, não devemos confundir essa característica com aquele aroma defeituoso de mofo que indica que um vinho está bouchonné, ou seja, que teve seu aroma e paladar contaminados por uma rolha com defeito.

Tropical

Quando classificamos um vinho como tropical, estamos nos referindo a seus aromas e sabores que lembram frutas tropicais, como o abacaxi, o maracujá, a manga, a goiaba ou o mamão. Esses costumam ser aromas primários de variedades como a Sauvignon Blanc cultivada em climas mais quentes, que desenvolve aromas que remetem a frutas muito suculentas e maduras.