Concha y Toro

Francisca Jara 21/04/2022

Tudo sobre vinho

Tudo sobre o Viognier

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Quando a crítica de vinhos Jancis Robinson publicou o livro Vines, Grapes & Wines em 1986, conseguiu identificar apenas 32 hectares de Viognier no mundo todo. A maioria das parreiras estavam localizadas no vale do Rhône, cujas uvas eram destinadas a elaborar vinhos sob uma das duas denominações de Viognier que existem no mundo: Condrieu. Estas plantações logo se estenderiam para o sul, até Château Grillet, na França.

Desde então, as coisas mudaram bastante. Em 2016 foram identificados pelo menos 16.000 hectares de vinhedos desta fragrante cepa branca no mundo todo, principalmente na Europa, Estados Unidos e Austrália, apesar de sua presença em países do Novo Mundo, como a África do Sul, o Chile e a Nova Zelândia, continuar crescendo. É em lugares de clima muito quente que a variedade Viognier, cuja planta é de baixo rendimento, muito difícil de ser cultivada e capaz de resistir à estiagem, expressa seu maior potencial com um perfil mais doce, enquanto que em climas mais frescos os vinhos resultantes são mais secos. É por isso que o momento de colher esta variedade é crucial.

 

Qual é o sabor típico do Viognier?

Geralmente, o Viognier oferece vinhos brancos com aromas florais, bastante volume em boca e acidez relativamente baixa. Seu estilo dependerá dos produtores, que costumam optar entre um estilo mais fresco ou mais cremoso. É assim que seus sabores podem variar de frutas como mimosa, damasco, pêssego maduro, melão ou manga, até notas sutis de mel, rosas e especiarias como a baunilha, sempre proporcionando, é claro, vinhos com muita personalidade, volumosos e bem estruturados. Quando maturado em barrica, o vinho desenvolve os aromas condimentados e um volume em boca que faz lembrar o Chardonnay. Mas se não, seu frescor poderia inclusive parecer com o de um Sauvignon Blanc.

De uma inconfundível cor amarela com reflexos dourados, este vinho também se caracteriza por sua sensação untuosa em boca.

 

Como harmonizá-lo

Na hora de escolher a harmonização, o desafio é não ofuscar seus delicados aromas florais nem sua acidez. Assim, no caso de harmonizar de forma complementar, pratos com ingredientes como pêssego e damasco são ideais. Imagine um queijo com geleia de damasco, uma salada de pêssego com ervilha e queijo de ovelha, ou um tajine marroquino de frango com damasco, amêndoas laminadas e tâmaras servido com couscous.

Ph: Canal Cocina

Se você quiser harmonizar por contraste, pratos com um toque picante como um curry tailandês verde de camarão com arroz ou carnes grelhadas dão muito certo.

Photo by Dana DeVolk on Unsplash

Se você se animar a testar, não deixe de provar o Casillero del Diablo Viognier. Seus vinhedos, localizados no vale de Casablanca, originam um vinho de corpo médio cuja expressão frutada se destaca pelo frescor, com notas de damasco, fruta-do-conde, toques de baunilha e um pouco de torrado. Ideal para comemorar o Dia Internacional do Viognier, no dia 29 de abril. Lembre-se de servi-lo frio, entre 10 e 12 oC.

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