Concha y Toro

Concha y Toro 07/12/2020

Vinho e harmonização

Saiba como nossos enólogos harmonizam um Carmenere

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Você sabia que se pensava que a cepa Carmenere estivesse extinta no século XIX? Mas, graças às condições meteorológicas e geográficas do Chile, foi possível sua conservação e desenvolvimento e se tornou a embaixadora dos chilenos ao redor do mundo devido a suas características únicas.

 No Chile, a uva Carmenere foi introduzida a meados do século XIX, junto a outras variedades bordalesas. Foi dessa forma que em nosso país as antigas parreiras espanholas começaram a ser substituídas pelas novas e nobres da França, com destaque para a cepa localmente chamada, naquela época, de Merlot chileno ou Merlot tardio, já que as uvas amadureciam apenas no outono.

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Ph: Marcio Ramírez

Foi em 24 de novembro de 1994 que o especialista francês Jean Michel Boursiquot, caminhando entre supostas videiras de Merlot, no Vale do Maipo, percebeu que se tratava de uma antiga e quase desaparecida cepa originária da região francesa de Bordeaux: a Carmenere.

É por isso que, desde 2014, neste dia se celebra a redescoberta desta cepa, uma das mais emblemáticas do Chile e que nos distingue de outros países produtores de vinho.

Conversamos com Marcio Ramírez, também conhecido como “Mister Carmenere” e enólogo das linhas Carmín de Peumo, Terrunyo, Gran Reserva Serie Riberas e Casillero del Diablo e que nos recomendou provar o Casillero del Diablo Reserva Privada Carmenere 2018  porque é “uma safra extraordinária, nem muito quente, nem muito fria, e as uvas tiveram, consequentemente, uma maturação lenta, pausada e com concentração dos sabores. Apresenta uma cor púrpura muito intensa e nos aromas encontramos muita fruta negra, como amora e cereja. Em boca, é um vinho muito suculento, desses que sempre pedimos uma segunda taça. Este vinho combina muito bem com a provoleta, o choripán (pão com linguiça), empanadas, o pastel de choclo (torta de milho típica chilena) e a carne de panela ou desfiada”.

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O solo e o clima na zona central do Chile acolheram esta cepa como se ela tivesse nascido em nosso país, entregando aos amantes desta variedade um vinho de cor vermelha violácea, com aromas de ameixa preta e groselha madura, além de taninos suaves e amigáveis.

Também perguntamos para Marcelo Papa, diretor técnico da Concha y Toro e enólogo das linhas Amelia e Marques de Casa Concha, quais seriam suas harmonizações ideias para o Carmenere desta última marca. Comentou que, para ele, “a harmonização perfeita para acompanhar este Carmenere está orientada a carnes vermelhas em geral, com massas acompanhas de molhos vermelhos também funciona bem. Com um risoto de cogumelos, além de charcutaria como presunto serrano, presunto cru e queijos semiduros como o pecorino, por exemplo”.

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Por último, consultamos Mario Álvarez, enólogo da linha Frontera, sobre como descreveria o Frontera Premium Carmenere. Destacou que este vinho “apresenta no nariz uma expressão de fruta fresca combinada com especiarias e tabaco; em boca se destacam seus taninos aveludados e suaves, de longo e elegante final”. Além disso, nos recomendou acompanhar este excepcional vinho com uma boa conversa e uma tábua de queijos suaves, massas em suas distintas preparações ou com carne suína.

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Atreva-se a provar estas harmonizações com estes excelentes Carmenere. Saúde!