Concha y Toro

Concha y Toro 13/11/2020

Tudo sobre vinho

5 curiosidades sobre o Carmenere

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1-  Durante muitos anos foi confundido com o Merlot

Sara Matthews Photography, Brooklyn New York, USA, www.saramatthews.com, Sara Matthews Photography, Brooklyn New York, USA, www.saramatthews.com

O erro foi descoberto em 1994 pelo professor de ampelografia (ciência que estuda as variedades de uva) da Universidade de Montpellier na França, Jean-Michel Boursiquot, durante uma visita a uma famosa vinícola chilena do Vale do Maipo. Uma ex-aluna que se encontrava trabalhando nesta vinícola o convidou para conhecer as plantações e as variedades ali plantadas, entre elas “um novo lote de Merlot”. Mas para Boursiquot, pela forma das folhas e suas pontas de cor alaranjada, esta variedade não parecia ser Merlot. Após hesitar por alguns minutos, observou suas flores e aí estava a resposta! Seus estames estavam retorcidos, como os estames das flores do Carmenere.

2-  Contém um alto nível de pirazina

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É comum encontrar em vinhos tintos como o Cabernet Sauvignon, o Cabernet Franc e o Carmenere aromas de chocolate, folha de tomate, pimenta negra, eucalipto e pimentão vermelho, em função da presença de um composto aromático chamado pirazina. Em pequenas quantidades, estes aromas podem ser agradáveis. Porém, algumas pessoas consideram que, caso sejam muito intensos em um vinho tinto, tornam-se desagradáveis. De todas as formas, com o passar dos anos as pirazinas se suavizam e são reveladas notas de chocolate e cereja ácida, como ocorre com o Carmín de Peumo 2017.

3-  Costuma ser misturado com outras cepas

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No Chile, a maioria dos vinhos Carmenere são realmente uma mescla de 85 % de Carmenere e 15 % de outra cepa. Uma vez que o Carmenere entrega sabores de frutas como framboesa e cereja, algo de amargor e aromas de pimentão vermelho, o vinho ganha mais complexidade e estrutura com a incorporação de outras variedades. Por isso, costuma ser combinado com um pouco de Merlot, Cabernet Sauvignon ou Petit Verdot. O Marques de Casa Concha Carmenere 2018, por exemplo, apresenta apenas 5 % de Cabernet Sauvignon e que contribui com maior profundidade e exuberância à mescla.

4-  Foi reconhecido como variedade em 1998 no Chile

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Estima-se que o Carmenere chegou ao Chile vindo da França, entre os anos 1840 e 1890, após deixar de ser plantado em Bordeaux devido a sua alta sensibilidade à filoxera (um parasita que ataca as parreiras). Porém, logo após sua redescoberta, foi lançado no mercado em 1996 com o nome de Grand Vidure, uma vez que somente em 1998 foi reconhecido como variedade pelo Ministério de Agricultura.

5-   O Carmenere não é encontrado apenas no Chile

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Depois do ilustre achado do Carmenere no Chile, muitos acreditam que esta cepa é produzida unicamente no Chile, mas não é bem assim. Embora não sejam comuns, hoje em dia podem ser encontrados vinhos desta variedade provenientes de países como Itália, Austrália, Estados Unidos e, inclusive, Brasil.