Conversamos com três especialistas e lhes perguntamos com o que irão brindar a chegada de 2023.
Rodrigo Villablanca, jornalista e produtor de vinhos
“Gosto de passar as festas de fim de ano com minha família. Normalmente, programamos com antecedência e cada um leva algo diferente para acompanhar o clássico peru de Natal, mas que não é recheado. Como trabalho nesta indústria há muitos anos, sempre sou eu o responsável por levar o vinho para todas as comemorações. Isso é, com certeza, algo que eu adoro porque sempre posso mostrar e fazer com que provem coisas diferentes. Para os aperitivos, nunca pode faltar um bom espumante brut ou um fresco rosado como o Marques de Casa Concha Cinsault do vale do Itata que, com sua mineralidade e agradável untuosidade em boca, combina muito bem tanto com queijos como com charcutaria em geral. Em seguida, sempre optamos por uma entrada de frutos do mar, que podem ser vieiras chilenas ou machas a la parmesana com um ceviche de peixe ou de camarões. Os vinhos escolhidos aqui são sempre brancos com caráter, como o Amelia Chardonnay 2021, de Quebrada Seca, no vale do Limarí, ou o Gran Reserva Sauvignon Blanc 2021, de Colchagua. Para o prato principal, o tradicional peru — assado no forno por longas horas em seu próprio molho —, sempre procuro ter duas ou três opções de vinhos tintos. Nesse caso, a seleção seria um Malbec, um Carménère e um Cabernet Sauvignon da linha Terrunyo, que harmonizam perfeitamente dependendo das diferentes guarnições trazidas pelos convidados, que podem ser arroz árabe, batatas gratinadas, verduras salteadas ou também saladas verdes.”
Massimo Leonori, head sommelier da Concha y Toro
“Como estamos no Hemisfério Sul e faz muito calor, para o Ano-Novo, prefiro pratos leves e receitas com frutos do mar. Normalmente, é isso que preparo aqui. Quando vivia na Itália, fazia muito frio e, por isso, precisava de um pouco mais de proteína. Comia mais carne e alimentos mais gordurosos… O que pensei para cozinhar aqui é um antepasto e ostras, acompanhados do Terrunyo Sauvignon Blanc. Depois um ceviche, de atum ou de reineta, para acompanhar o Amelia Chardonnay. Para o prato principal, a opção seria uma pasta ai frutti di mare: espaguete, tagliatelle ou fettuccini com um mix de frutos do mar que podem ser mariscos, vôngoles e camarões, para continuar se deliciando com o Amelia Chardonnay. Por último, uma sobremesa italiana, pandoro. Para o brinde à meia-noite, um espumante produzido pelo método tradicional, como o Subercaseaux Grande Cuvée. Isso é o que tenho pensado: só vinhos brancos, frescos e gelados para o calor. Talvez até uma cerveja de aperitivo.”
Marcio Ramírez, enólogo da Concha y Toro
“Nesta época de calor, para começar a noite, gosto de um rosé fresco. Principalmente em um clima mais quente, o Casillero del Diablo Rosé ou o Marques de Casa Concha Rosé são deliciosos para essa temporada. Já para o jantar, acredito que não existe nada melhor que um Chardonnay ou um Carménère. Se comemos o típico peru ou queijos de aperitivo, um Chardonnay combina à perfeição. Pode ser o Amelia Chardonnay ou o meu favorito neste momento, o Marques de Casa Concha Chardonnay 2021, que tem uma extraordinária relação preço-qualidade. No caso de um prato um pouco mais contundente, como carnes vermelhas ou espetinhos quentes temperados com as especiarias de moda nessa época do ano (como o cravo-da-índia, a canela e a noz-moscada), acredito que um saboroso Terrunyo Carmenere bem condimentado e com notas de pimenta ou pimentão grelhado harmoniza perfeitamente”.